Depois de um mês e meio da invasão russa à Ucrânia, o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou a troca do comando da chamada “operação militar especial” no país vizinho. Moscou colocou à frente de sua campanha o general Alexander Dvornikov, um militar familiarizado com esse cenário, já que chefia o Distrito Militar do Sul da Rússia desde 2016 e também tem uma vasta experiência na guerra na Síria, conforme relatado pelo BBC.
As fontes da cadeia britânica apontam que o Kremlin busca com esta nomeação centralizar a coordenação de seus quase 100 batalhões táticos, que até agora atuaram de forma quase independente e encontraram um rival mais bem organizado.
A menos que a Rússia mude suas táticas, é muito difícil para ela atingir até mesmo os objetivos limitados que estabeleceu para si mesma — disse uma fonte ocidental à BBC.Há duas semanas, a Rússia anunciou a retirada de suas tropas da região de Kiev, no Norte da Ucrânia, e afirmou que iria se concentrar na “libertação” da região de Donbass, no Leste, onde separatistas pró-Rússia controlam boa parte das províncias de Donetsk e Luhansk desde 2014.
Dvornikov foi o primeiro comandante das Forças Armadas russas durante a intervenção de Moscou na Síria. Foi enviado pelo Kremlin em 2015 para proteger o regime de Bashar al-Assad contra as diferentes facções de oposição formadas após a insurreição de 2011 e contra o Estado Islâmico.
Na ocasião, o país árabe serviu de campo de testes para o Exército russo.
FONTE: BLOG DO GB PB