O deputado federal Frei Anastácio (PT/PB) lembrou que a data de hoje, 2 de abril, tem uma simbologia muito forte para a luta pela terra na Paraíba e no Brasil. “Foi no dia 2 de abril que assassinaram o líder camponês João Pedro Teixeira, por ele defender direitos para o trabalho rural”, relembrou o deputado.
O congressista afirmou que calaram João Pedro, mas o sangue dele irrigou a luta pela terra e faz florescer ânimos ainda hoje. “Inspirados no exemplo de Joao Pedro precisamos nos unir, reagrupar nossa resistência para reconquistar tudo que o governo fascista Bolsonaro retirou da classe trabalhadora”, convocou.
O parlamentar rememora que João Pedro Teixeira foi assassinado, pelo chamado “grupo da várzea”, numa emboscada quando voltava de João Pessoa para casa. Ele lutava pela organização das Ligas Camponesas, pelos direitos dos trabalhadores e pela reforma agrária.
Desde o final dos anos 50, como vinha acontecendo em Pernambuco e outros estados, na Paraíba os trabalhadores e trabalhadoras do campo vinham lutando pela organização das Ligas Camponesas, com objetivo de conseguir mais dignidade através dos seus direitos de cidadãos e cidadãs.
O mártir João Pedro Teixeira
Frei Anastácio destacou que João Pedro Teixeira é um mártir da luta pela terra no Nordeste, por ser o fundador da primeira Liga Camponesa na Paraíba. “Ele dedicou sua vida na defesa dos agricultores. Interpretado como uma ameaça aos interesses dos proprietários de terras, logo despertou a fúria de grandes latifundiários”, frisou.
Segundo o parlamentar, a luta de João Pedro foi interpretada como ameaça à exploração que os proprietários rurais faziam com a mão de obra do campo. “Isso culminou no seu assassinato por meio de emboscada no município de Sapé, no dia 2 de abril de 1962. Calaram João Pedro, mas o sangue dele irrigou a luta pela terra e faz florescer ânimos ainda hoje”, disse o deputado.
FONTE; FREI ANASTACIO PT