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Em 11 dias de guerra, cerca de 150 brasileiros conseguiram deixar a Ucrânia

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Ao longo de 11 dias de guerra mais de 30 atletas brasileiros que viviam na Ucrânia conseguiram deixar o país. O Itamaraty acredita que ainda estejam na Ucrânia e nas fronteiras com a Polônia, Romênia, Moldova e Eslováquia, cerca de 400 brasileiros, entre atletas, empresários, funcionários de empresas multinacional e brasileiros que constituíram família na região. Pelas estimativas do Governo Federal, pouco mais de 150 brasileiros já conseguiram deixar a Ucrânia.

Na próxima segunda-feira (7), o Brasil inicia uma operação para resgatar brasileiros que queiram deixar a Ucrânia. Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) sairá de Brasília às 15 horas. A informação foi apurada pela CNN junto a fontes do alto escalão do governo. A aeronave levará quase 12 toneladas de cargas de ajuda humanitária e, no retorno, irá transportar os brasileiros de volta ao país. O avião, um KC-390, terá capacidade para trazer até 80 pessoas. O retorno ao Brasil está previsto para quinta-feira (10).

A Aeronáutica informou que preparou o plano de voo em direção à Polônia, principal rota de fuga dos brasileiros que estão na região de conflito. No caminho, serão realizadas paradas técnicas, em Recife, em Cabo Verde (África) e em Lisboa (Portugal).

O Governo Federal também informou que nas cidades ucranianas fronteiriças de Lviv (próximo à Polônia), Siret (próximo à Romênia), Kosice (próximo à Eslováquia), além de Chisinau (capital da Moldova) e Kiev (capital da Ucrânia) foram montados postos consulares de atendimento para assistência aos brasileiros.

Neste sábado (5), quatro atletas brasileiros conseguiram desembarcar no Brasil depois viajar por cinco dias até a fronteira com a Polônia. Foram 36 horas de trem, quatro de carro, cruzando a linha vermelha de Kiev, capital da Ucrânia e epicentro da guerra, até a fronteira com a Polônia, logo até o Catar, para, finalmente, chegar ao Brasil.

Os jogadores de futsal do clube ucraniano DE Trading Rodriguinho Silva, Léo Barboza e Jean Carlos encararam uma viagem arriscada. Sem alimentos, sem tomar banho, com a tensão do conflito armado e muitos traslados.

‘Saí de casa na terça e estou chegando no sábado. Graças a Deus. Não tem explicação poder abraçar sua família, seus amigos, as pessoas que você ama. Meu agente até perguntou se quero voltar para Malta, mas agora não quero pensar na carreira. O importante é estar aqui, acolhido por todos”; disse à CNN o jogador Jean Carlos ao desembarcar no Rio de Janeiro.

O jogador estava há apenas um mês na Ucrânia, após uma temporada jogando em Malta. Ele lembrou que, no primeiro dia dos ataques do Exército russo, os alimentos e a água já estavam escasseando.

Emocionada, a mãe do atleta disse que assistia à CNN, praticamente, 24 horas por dia para acompanhar os acontecimentos, já que nem sempre conseguia contato por telefone com o filho.

No início do conflito os jogadores de futebol que atuam na primeira divisão ucraniana pediram ajuda através das redes sociais para retornar ao Brasil. A primeira leva com quatro atletas desembarcou no Rio e em São Paulo no dia 1º de março. Desde então, a cada dia vem chegando grupos de forma escalonada.

FONTE: BLOG DP GB PB

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