A decisão da vice-governadora Lígia Feliciano (PDT) em entregar o cargo que seu partido ocupava no Governo da Paraíba não foi o ponto final da relação com o governador João Azevêdo (Cidadania). Isso porque, durante entrevista nesta quinta-feira (30), o chefe do executivo não fechou as portas para um futuro realinhamento político com o grupo Feliciano.
Segundo João, contanto que Lígia e seu grupo não imponham condições, serão bemvindos. O governador ainda deixou claro que a decisão de se afastar e se isolar politicamente do governo partiu da vice, quando, em 2020, decidiu lançar a filha, Marina Feliciano, em uma chapa que era adversária da apoiada pela gestão estadual.
Dependendo das condições (eles seriam benvindos), contanto que não seja impondo condições, mas eu não tenho problema de relação pessoal com a vice-governadora, até porque nossa relação sempre foi de muito respeito, diferentemente da época que ela foi vice de Ricardo.
Quando eu assumi em 2019 eu passei para ela diversas tarefas extremamente importantes porque minha intenção era que ela tivesse um papel de uma vice atuante, com uma relação profissional respeitada. Por isso fico tranquilo em relação a esse debate.
Se houve isolamento e afastamento foi uma decisão dela não minha, e aconteceu quando lançou lá atrás a filha como vice contra uma chapa que estávamos apoiando nem por isso recebeu nenhum tipo de retaliação, agora cada um escolhe seus projetos e seus caminhos e eu só torço para que as pessoas não se aliem a projetos de vingança que é posto por algumas pessoas”, pontuou.
OUTRO CAMINHO
João também esclareceu que foi Lígia que decidiu seguir por um outro caminho agora em 2022. Assim como em 2020, partiu dela escolher outro rumo.“Com relação a vice-governadora Lígia Feliciano, ela me procurou junto com o esposo e os dois filhos, foram até a granja, colocaram o cargo que era ocupado por Gustavo à disposição do governo considerando e informando que ele teria um projeto a ser implantado em 2022 e que nesse projeto iriam fazer um caminhar diferente daquilo que seria estar apoiando o governo e eu os deixei muito à vontade.
Eu interfiro pouco no meu partido, imagine no partido dos outros. Então é uma escolha e dentro das escolhas que a gente faz na vida nós temos ônus e bônus. Se escolheu um caminho, seja feliz naquilo que escolheu”, pontuou.
FONTE: PB AGORA