A organização não-governamental alemã Sea-Eye, que participa do resgate de migrantes em perigo no Mediterrâneo, lançou uma petição online para que a Organização das Nações Unidas (ONU) e líderes de países do sul e norte globais criem rotas seguras ajudando a evacuar as pessoas que querem deixar o Afeganistão. O grupo extremista e fundamentalista islâmico Talibã tomou o controle do país depois da desocupação dos Estados Unidos.
O abaixo-assinado está aberto na plataforma Change.org e, em apenas cinco dias, já engaja quase 265 mil pessoas. Com versões em diferentes idiomas, a petição está ativa em seis países: Brasil, Alemanha, Espanha, Reino Unido, Índia e México. A versão em português entrou no ar nesta quinta-feira (19). Confira: http://change.org/RotasSegurasAfeganistao.
“Não há mais nada a ser dito. Cabul foi tomada pelo Talibã. O Afeganistão não é seguro. Todos aqueles que desejam sair do país devem conseguir deixá-lo”, afirmam os membros da Sea-Eye no texto. “Nós apelamos às Nações Unidas e a todos os governos ao redor do mundo para que deem um passo à frente. Não desviem o olhar agora. Assumam a responsabilidade pelas pessoas que estão fugindo”, acrescentam no abaixo-assinado.
O grupo pretende chamar atenção à causa e reunir apoiadores em torno da mobilização para, com isso, sensibilizar os líderes mundiais a não evacuarem apenas seus próprios cidadãos e funcionários de suas embaixadas no país, mas também a pensarem e tomarem responsabilidade pelos afegãos que estão vivendo em perigo e aterrorizados pelo Talibã.
Na petição, a Sea-Eye apela para que rotas seguras sejam criadas a fim de que as pessoas não precisem se arriscar fugindo por conta própria. A organização destaca que, sem esse socorro, o povo afegão terá que lutar para abrir caminhos em desertos e fugir em barcos improvisados, o que levará à morte muitas crianças e famílias pelo meio do caminho.
“Declarem publicamente a sua vontade de acolher os refugiados, assim como mais de 250 municípios e cidades na Alemanha fizeram com a aliança ‘Seebrücke – Criar refúgios seguros’”, exemplificam na petição. No Brasil, o abaixo-assinado é direcionado ao presidente Jair Bolsonaro, ao ministro de Relações Exteriores Carlos França e a agências da ONU.
FONTE: CLICK PB