A influencer e estudante de Arquitetura e Urbanismo Pamella Holanda disse, neste sábado (17), ter recebido ameças de mortes após a repercussão do caso de violência doméstica cometida pelo seu ex-marido, o músico Iverson de Souza Araújo, conhecido como DJ Ivis.
Pamella, que foi espancada pelo então companheiro, relatou estar psicologicamente abalada. Ela afirmou que teve de deixar o imóvel da família por falta de pagamento e precisará de um tempo para cuidar da saúde emocional. “Eu quero, de verdade, que entendam que não estou bem. Eu tenho sofrido ameaças de morte. Eu já li, inclusive de outras mulheres, que mereço passar fome, eu e minha filha. Eu preciso de paz. Eu mereço ter paz”, disse, nas redes sociais.
Os momentos das agressões foram gravados. Nas imagens, a vítima aparece sendo golpeada a socos e chutes, na frente da filha, da mãe e do motorista do agressor. A prisão preventiva do DJ Ivis foi decretada nesta quarta-feira (14). Ele está detido na Unidade Prisional Irmã Imelda Lima Pontes, em Aquiraz, na Grande Fortaleza.
ACUSAÇÕES
A jovem disse que tem sido acusada de ter mantido uma relação com o músico por interesses econômicos. Dentre outras difamações, está a de que a sua mãe — que aparece nas imagens nos momentos de agressões — aceitava a situação também por questão financeira.”Minha mãe não recebia um centavo do meu ex-companheiro para ser conivente com as agressões. Pelo amor de Deus”, disse.
“Que espécie de valores ou mulher ela seria se aceitasse ou se vendesse desta forma. Isso foi veiculado no programa do Geraldo Luís, em que tentei contato e também foi feito um Boletim de Ocorrência devido à injúria cometida por ele em rede nacional contra minha mãe”, afirmou. O caso também é acompanhado também pelo Ministério Público do Ceará (MPCE). A advogada de Pamella, Priscila Virino, informou que “as providências estão sendo tomadas”. A Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE) informOU que a Delegacia Metropolitana do Eusébio (DME) investiga as denúncias de ameaça. O Departamento de Proteção aos Grupos Vulneráveis (DPGV) da PC-CE também acompanha o caso.
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“Oi, gente. Obrigada pelas mensagens, pela preocupação de todos comigo e com a Mel. Eu não estou bem, mas a Mel está, e isso é o que me fortalece. Eu queria e quero muito dar por encerrado isso. Eu preciso e quero seguir minha vida. Eu, de verdade, preciso. Eu não posso viver revivendo isso, recontando… Me explicando. Eu entendo que as pessoas gostem de transparência e eu, nesse momento, preciso ser até para seguir em paz. Minha mãe não recebia 1 centavo do meu ex-companheiro para ser conivente com as agressões. Pelo amor de Deus. Que espécie de valores ou mulher seria ela se aceitasse ou se vendesse dessa forma. Isso foi veiculado no programa do Geraldo Luis, em que tentei contato e também foi feito um Boletim de Ocorrência em vista da injúria cometida por ele em rede nacional contra minha mãe”, relatou.
“Eu retirei, ontem, todas as minhas coisas e da minha filha da casa que morávamos, porque a construtora, então dona da casa, pediu por falta de pagamento. Eu não poderia estar mais lá, não teria direito. Então, em hipótese alguma, pode ser dito que eu estava com ele por interesse, por comodidade ou qualquer justificativa que ponha em questão meus valores e princípios. Seria muito mais ‘fácil’ eu estar num palácio do que ter a coragem de dar um ponto final numa vida de aparência, motivada pelas razões e motivações certas (minha filha, a família que projetei, que quis construir e manter em pé a todo custo). Ou, se eu quisesse fama, estaria com ele até hoje, pegando carona no momento dele, não seria mais cômodo? Seria! Mas nada paga uma vida de paz. NADA. Eu saí com meus pertences e da minha filha.
Eu não saí com a conta recheada, com bolsa de marca, nem aparelho de celular de última geração. Eu não dei um golpe. Quando o conheci, ele não tinha nada. Eu o amei de verdade, eu cuidei, fui fiel, fui mulher, mãe. Eu preciso seguir minha vida, mais do que nunca dar um ponto final de vez. Tudo que for de competência da Justiça, vai ser feito, isso independente da minha vontade ou da opinião pública. Eu quero, de verdade, que entendam que não estou bem. Eeu tenho sofrido ameaças de mortes, eu já li, inclusive de outras mulheres, que mereço passar fome eu e minha filha. Eu preciso de paz. Eu mereço ter paz”, frisou.
“Eu vou passar uns dias sem telefone, longe de tudo. Eu preciso cuidar da minha saúde mental. Eu não posso ser a rocha que sempre fui, eu tenho que me permitir ser cuidada. Eu preciso me reerguer e eu vou. Todos iremos. Eu disse todos. Somos filhos do mesmo Deus e a Ele cabe todas as coisas. Obrigada. Fiquem todos com Deus. Principalmente, os que me desejam o mal”, finalizou.
FONTE: DIARIO DO NORDESTE