Durante entrevista ao programa Ô Paraíba Boa, da rádio 100.5 FM Líder, o deputado federal Ruy Carneiro (Podemos) falou sobre o cenário das eleições de 2026 e a construção da chapa de oposição ao governador João Azevêdo. Ruy minimizou qualquer possibilidade de racha no campo oposicionista, defendeu a unidade do grupo e disparou: “Quem vive uma guerra fratricida é o bloco do governo”.
Questionado se tem preferência entre os nomes do senador Efraim Filho (União Brasil) e do ex-deputado Pedro Cunha Lima (PSDB), ambos cotados para disputar o Governo do Estado, Ruy foi direto: “Minha preferência é quem tiver melhor para ganhar a eleição e apresentar um bom projeto para o Estado”.
Para o parlamentar, mais importante do que nomes é apresentar à Paraíba um programa sólido de gestão. “A oposição precisa mostrar o que propõe. Quais os projetos para segurança, educação, infraestrutura hídrica? Temos deficiências graves. A Cagepa aumentou a água em 7%, e ainda falta água em vários locais do estado. Isso precisa ser enfrentado com propostas concretas, não com marketing”, afirmou.
Ruy também descartou, ao menos por ora, a possibilidade de duas candidaturas dentro da oposição. “Esse sentimento não existe no nosso grupo. Quem está claramente rachado é o governo. É só observar os movimentos internos. A disputa entre eles está escancarada”.
Sobre o próprio futuro político, Ruy reafirmou sua permanência no Podemos, legenda pela qual pretende disputar a reeleição à Câmara Federal. “Nosso esforço é para fortalecer a chapa do Podemos. Já temos nomes como Romero Rodrigues e Leonardo Gadelha. A ideia é buscar uma nominata robusta, capaz de eleger dois ou até três deputados federais”, explicou.
Ele também negou os rumores de que poderia migrar para o PSD junto com outros quadros da oposição: “Não procede. Tenho uma boa relação com vários nomes do PSD, mas meu foco é manter a independência e o estilo de mandato que construí dentro do Podemos”.
Ruy reforçou que seu mandato está pautado por causas sociais e serviços prestados, e não por alinhamentos políticos automáticos. “Eu converso com quem for preciso — Lula, Bolsonaro, João Azevêdo, Temer ou Dilma — para resolver problemas da saúde, da causa animal, da educação. Meu compromisso é com resultados. Quem vive só de discurso e não entrega nada, não deveria nem estar na política”, criticou.
Fonte: Fonte83
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