O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (2) que as conversas com os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos–PB), e do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), deixaram a equipe econômica “confortável” para avançar em soluções estruturais que garantam o cumprimento das metas fiscais de 2025 e dos próximos anos.
Segundo Haddad, houve “acolhimento” às propostas apresentadas durante o fim de semana, e a expectativa é de um desfecho rápido. “Não preciso nem dos 10 dias de prazo que foram concedidos”, disse.
A declaração foi dada em meio a críticas do mercado à elevação do IOF sobre crédito, câmbio e previdência privada. A Fazenda reduziu parcialmente os efeitos do decreto, reestimando a arrecadação adicional de R$ 20,5 bilhões para R$ 19,1 bilhões. A perda com a revisão será de R$ 1,4 bilhão este ano e R$ 2,8 bilhões em 2026, segundo o Tesouro Nacional.
Haddad reiterou que prefere medidas estruturais, com foco em médio e longo prazo, e voltou a criticar benefícios fiscais que somam R$ 800 bilhões em renúncias. Ele afirmou que o governo manterá a transparência e que os dados estarão disponíveis para consulta pública.
“O país precisa de correções no atacado, não no varejo”, resumiu o ministro, defendendo que o Brasil retome a iniciativa para manter a confiança de investidores e agências de risco.
Fonte: Fonte83
Foto: Foto: Washington Costa/MF