A cidade de Yogyakarta, na Indonésia, viu as infecções e hospitalizações por dengue caírem 77% e 86%, respectivamente, após estudo que inseriu uma bactéria presente em moscas de frutas em mosquitos da região. Pesquisa publicada no New England Journal of Medicine nesta quinta-feira (10) englobou 2,5 milhões de pessoas.
Foi verificado por pesquisadores que a bactéria Wolbachia, encontrada também em insetos, impede a propagação do vírus no Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. Como resultado, a infecção em pessoas picadas também se espalha de forma branda.
Estudos mostraram que este método é eficaz para prevenir outras doenças transmissíveis por meio de mosquitos como a zika, chikungunha ou a febre amarela.
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“É o resultado que esperávamos há muito tempo. Temos a prova de que o método Wolbachia é confiável”, disse Scott O’Neill, diretor do Programa Mundial do Mosquito, da universidade australiana Monash, que dirigiu o estudo
COMO FUNCIONOU O ESTUDO?
CIentistas introduziram a bactéria em uma população de mosquitos em algumas regiões de Yogyakarta para medir como a infecção de pessoas de entre 3 e 45 anos acontecia. Depois, o teste foi ampliado para toda a cidade e para regiões vizinhas, englobando uma população de 2,5 milhões de pessoas.
Os cientistas esperam que este método seja uma arma decisiva no combate a essa doença que provoca dores musculares, febre e náuseas e, nos casos mais graves, hemorragias e inclusive a morte. A dengue é a doença transmissível por mosquitos que se propaga mais rápido, com mais de 50 milhões casos por ano, oito deles, na Indonésia.
FONTE: DIARIO DO NORDESTE