Após meses de articulações, os partidos União Brasil e Progressistas (PP) oficializaram nesta quarta-feira (23) um acordo para formação de uma federação partidária. A formalização da nova aliança está prevista para ocorrer na próxima terça-feira (29), às 15h, em um evento em Brasília.
Batizada de União Progressista, a federação surge como um novo ator de peso no campo da centro-direita e promete influenciar fortemente as disputas eleitorais de 2026 em todas as esferas: municipal, estadual e federal. Com a união, o bloco deve se tornar a maior força da Câmara dos Deputados, somando 109 parlamentares — ultrapassando, inclusive, a bancada do Partido Liberal (PL), partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. No Senado Federal, as duas legendas juntas contabilizam 13 senadores.
Na Paraíba, o anúncio acirra a disputa interna por protagonismo dentro da futura federação. O União Brasil, comandado no estado pelo senador Efraim Filho, argumenta que sua expressiva base de prefeitos — foram 22 eleitos nas eleições de 2024 — garante à legenda relevância na condução das articulações políticas locais.
Por outro lado, o Progressistas reforçou sua posição com a filiação da senadora Daniella Ribeiro, ampliando a presença da legenda em Brasília. A sigla conta ainda com dois deputados federais paraibanos: Aguinaldo Ribeiro e Mersinho Lucena. A movimentação reforça a influência da legenda e aumenta as chances de ampliação da base municipal, especialmente com prefeitos que devem migrar para o PP após mudanças recentes no comando do PSD no estado.
União duradoura
Diferente de coligações eleitorais pontuais, a federação partidária tem validade mínima de quatro anos, conforme prevê a legislação eleitoral. Isso exige uma integração mais profunda entre os partidos, tanto em decisões administrativas quanto em alinhamentos políticos nas votações legislativas.
A formação da União Progressista marca um novo capítulo no reposicionamento da centro-direita brasileira, já de olho nas estratégias eleitorais para o próximo ciclo. Resta agora acompanhar como será o processo de acomodação interna entre as duas siglas, especialmente nos estados onde ambos possuem lideranças consolidadas.
Fonte: Fonte83
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