O caso Braiscompany, que já havia ganhado repercussão nacional por envolver um esquema bilionário de fraude com criptoativos, teve um desfecho importante: três pessoas foram condenadas pela Justiça Federal, somando penas que ultrapassam 170 anos de prisão.
A empresa, sediada em Campina Grande, prometia lucros altos em investimentos com criptomoedas — e acabou movimentando mais de R$ 1 bilhão de forma ilegal. A sentença mais pesada foi aplicada a Joel Ferreira de Souza, apontado como líder do esquema: ele pegou mais de 128 anos de reclusão, além de ter bens confiscados no valor de até R$ 36,59 milhões.
Também foram condenados:
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Gesana Rayane da Silva, que, segundo as investigações, teve papel ativo na estrutura da empresa — 27 anos de reclusão.
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Victor Augusto Veronez de Souza, com uma pena de 15 anos.
A Justiça também fixou que os três devem pagar, juntos, pelo menos R$ 36,5 milhões para reparar os prejuízos causados aos investidores. Todas as penas devem ser cumpridas em regime fechado, e os condenados terão seus direitos políticos suspensos após o trânsito em julgado.
Dois outros acusados — Mizael Moreira Silva e Clélio Fernando Cabral do Ó — foram absolvidos por falta de provas.
A condenação foi resultado de uma longa investigação, conduzida pelo Ministério Público Federal (MPF), Polícia Federal e Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A Justiça levou em conta quebras de sigilo bancário, fiscal e eletrônico, além de materiais obtidos por softwares forenses.
A defesa de Gesana Rayane afirmou que irá recorrer da decisão. As defesas dos outros dois condenados ainda não se manifestaram.
Fonte: Fonte83
Foto: Divulgação/Braiscompany