O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) empossará, nesta segunda-feira (10), a nova ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e o novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha. A cerimônia ocorre em um momento de incertezas políticas, com aliados questionando a permanência do Centrão na base governista e especulando sobre uma possível guinada à esquerda nos últimos dois anos do mandato de Lula.
Gleisi Hoffmann, que assume a articulação política do governo, tem buscado garantir o diálogo com os líderes da base aliada, priorizando negociação em vez de confrontos. No entanto, há dúvidas entre aliados sobre se Lula manterá o apoio do Centrão ou se avançará com uma agenda mais à esquerda, o que poderia incluir até a entrada de nomes como Guilherme Boulos (PSOL) no governo, o que gera apreensão entre ministros da Frente Ampla.
Por outro lado, o presidente do PP, senador Ciro Nogueira, planeja iniciar um processo de desembarque de partidos do Centrão do governo. Ele pretende reunir sua executiva para formalizar a saída do ministro dos Esportes, André Fufuca, e também discutir a federação com o União Brasil, partido que está dividido internamente sobre o apoio ao governo.
Apesar das movimentações no Centrão, a equipe de Lula acredita que a saída do PP não comprometerá o governo, já que neste ano não há necessidade de aprovação de emendas constitucionais que exigem maior apoio no Congresso. O governo aposta no apoio de partidos como PSD, MDB e Republicanos para manter sua base de sustentação.
Enquanto isso, o PSD, que não estará presente na posse de Gleisi Hoffmann, celebra a filiação da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, e aguarda definições sobre o futuro político do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Lula deseja que Pacheco se junte ao governo e se torne candidato ao governo de Minas, formando um palanque importante para o presidente.
A nomeação de Alexandre Padilha para o Ministério da Saúde visa fortalecer a gestão da pasta e alavancar o programa Mais Especialistas, que se apresenta como uma das principais apostas do governo para os dois últimos anos de mandato, com foco na população de baixa renda e na conquista de votos nas próximas eleições.
Fonte: Fonte83
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