O papa Francisco anunciou nesta quarta-feira (20/11) que o beato Carlo Acutis, conhecido como “padroeiro da internet”, será canonizado entre os dias 25 e 27 de abril de 2025. A divulgação foi realizada às 9h na Praça de São Pedro, no Vaticano, pelo horário local.
Acutis é considerado padroeiro da internet porque utilizava a rede mundial de computadores para evangelizar. Devoto da Virgem Maria, a ele são atribuídos milagres, inclusive um no Brasil. O beato teve uma vida breve e faleceu aos 15 anos, após ser diagnosticado com leucemia.
No anúncio desta quarta, o papa especificou que a canonização de Acutis será realizada em um evento dedicado aos adolescentes, por isso o intervalo do dia 25 ao 27. A canonização é a etapa final pela qual a Igreja Católica dá a declaração de santidade de uma pessoa.
Acutis nasceu no dia 3 de maio de 1991, em Londres. A morte aconteceu em 12 de outubro de 2006 em Monza, na Itália. Ele ficou conhecido no Brasil após ter um milagre atribuído a ele.
Milagre no Brasil
Após a morte do beato, o padre Marcelo Tenório, da Paróquia São Sebastião, em Campo Grande (MS), foi à Itália e trouxe um pedaço de roupa com sangue de Acutis.
O tecido foi exposto durante uma missa em 2010, em Campo Grande. Na ocasião, uma criança brasileira foi curada de uma malformação no pâncreas após tocar no pedaço da roupa do “padroeiro da internet”. Em 2020, o acontecimento foi considerado o primeiro milagre de Acutis.
Ele teve o segundo milagre reconhecido pelo papa Francisco em maio deste ano. O caso diz respeito a uma jovem da Costa Rica. Ela foi curada após um acidente de bicicleta, em 2022. De acordo com o Vatican News, Valeria estava internada com poucas chances de sobrevivência. Dias após a mãe dela rezar na tumba de Acutis, na Itália, a jovem costarriquenha foi curada.
Ainda na audiência geral desta quarta, o pontífice anunciou para agosto a beatificação do beato Pier Giorgio Frassati, um italiano que viveu de 1901 a 1924. A história dele ficou marcada por obras de caridade. Ele foi beatificado pelo papa João Paulo II em 1990.
Fonte: Deivid Souza / Metrópoles
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