O Rei da TV tentou pleitear o cargo de presidente da República na primeira eleição após a redemocratização
Ícone da televisão brasileira, o empresário Silvio Santos tentou, em 1989, pleitear o cargo de presidente da República.
A eleição de 1989 foi a primeira acontecendo por voto direto após mais de três décadas de regime militar no Brasil. O comunicador, àquela oportunidade, decidiu disputar o pleito pelo Partido Municipalista Brasileiro (PMB). Ao seu lado na chapa estava o paraibano Marcondes Gadelha, ex-deputado federal e ex-senador da República.
Mesmo sem ter, de fato, tido seu nome confirmado na disputa, Silvio figurou bem nas pesquisas eleitorais e chegou a alcançar 30% das intenções de voto em pesquisas realizadas naquele momento.
A poucos dias da votação, que aconteceu no dia 15 de novembro de 1989, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indeferiu a candidatura de Silvio Santos e Marcondes Gadelha, alegando que o partido do empresário não havia respeitado os prazos previstos na Lei Eleitoral.
Marcondes Gadelha escreveu um livro sobre o episódio. Intitulado “Sonho Sequestrado”, o ex-parlamentar fala sobre os bastidores do processo e, em sua ótica, “houve uma engenhosa e implacável conspiração para impedir a qualquer custo a candidatura do apresentador de TV, antes do primeiro turno, pela razão muito simples de que ele seria imbatível nas urnas.”
Sem Silvio, a eleição ocorreu e Fernando Collor de Mello, à época do Partido da Reconstrução Nacional (PRN, atual Agir), acabou eleito presidente da República.
Texto: Pedro Pereira
Entre os nomes que disputaram aquela eleição, estavam Ulysses Guimarães (PMDB), Aureliano Chaves (PFL), Lula (PT), Collor (PRN), Leonel Brizola (PDT), Mário Covas (PSDB), Paulo Maluf (PDS) e Ronaldo Caiado (PSD).
Fonte: Pedro Pereira / Jornal da Paraíba
Foto: Jornal da Paraíba