Preso no Rio de Janeiro nesta terça-feira (19), Eduardo dos Santos Pereira, condenado a 108 anos de prisão pelo caso conhecido como Barbárie de Queimadas, será transferido para Paraíba e ficará, novamente, preso na Penitenciária de Segurança Máxima Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes (PB1) em João Pessoa. Ainda não há data para o regresso. Mas, as Forças de Segurança querem concluir o trâmite “o mais rápido possível”
O acusado de articular o crime que vitimou Isabela Pajuçara, 27 anos, e Michelle Domingos, 29 anos, foi capturado pela Polícia Civil em Rio das Ostras, no Rio de Janeiro.
“A fuga de Eduardo gerou muitas especulações e aborrecimentos. Hoje, a Polícia conseguiu recuperá-lo. Será conduzido do Rio de Janeiro à Paraíba, e regressará ao PB1, de onde ele fugiu. Só que ele não irá ter mais aquela oportunidade de trabalhar na cozinha, onde criou o esse problema [fuga]. Iremos mantê-lo em cárcere. Tendo todo cuidado para que não venha acontecer nenhum outro problema”, disse o secretário de Administração Penitenciária da Paráiba, João Alves, durante entrevista coletiva.
Como a Polícia chegou no acusado
De acordo com o delegado Bruno Victor, a Polícia da Paraíba já vinha investigando o paradeiro de Eduardo, mas não tinha conseguido êxito na operação para prisão devido a algumas normas impostas na época. Para a ação de hoje, os agentes da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) acamparam em frente à residência onde Santos estava residindo por volta das 03h da manhã, mas só conseguiram capturá-lo às 09h.
O delegado-geral da Polícia Civil, André Rabelo, explicou que a investigação apontou a ajuda de terceiros, inclusive familiares que residem na comunidade da Rocinha, para que o mentor se escondesse no Rio de Janeiro. Há um ano, ele tentou ir para Macaé, também no Rio, e há seis meses estava em Rio das Ostras, no litoral carioca.
Segundo Rabelo, haverá um aprofundamento policial para saber se, além de familiares, o criminoso também recebeu ajuda de alguma quadrilha. O que se tem de conclusão, hoje, é que Eduardo levava uma vida considerável.
“Ele não trabalhava. Desde quando chegou em Queimadas, tinha uma vida de ‘boemia’. Vivia de brisa [aquele que não faz nada segundo o dicionário], não fazia nada. Houve um trabalho de vigilância, até que chegamos até ele. Ao se deparar com as equipes, ficou surpreso”, detalhou André Rabelo.
Fonte e foto: Mais PB