O governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), mandou um recado direto à oposição nesta sexta-feira (13), ao rebater as especulações de que há um racha em sua base aliada com vistas à sucessão estadual de 2026. Em tom firme, Azevêdo ironizou os rumores e desqualificou as narrativas de desunião.
“Vão arrumar outra coisa para fazer, rapaz”, declarou o governador em entrevista ao programa Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan FM.
A reação do chefe do Executivo estadual ocorre após parlamentares e lideranças da oposição intensificarem a retórica de que há divisões internas entre os partidos que compõem o bloco governista. O movimento ganhou mais repercussão com as declarações do ex-senador Cássio Cunha Lima (PSD) e logo em seguida, o seu filho, o presidente estadual do PSD na Paraíba e ex-deputado federal, Pedro Cunha Lim, que “abriu as portas” da oposição para o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), um dos nomes fortes cotados para a disputa ao Governo da Paraíba.
Sem se alongar sobre as insinuações da oposição, Azevêdo preferiu enfatizar o foco da base aliada na construção de um projeto comum e garantiu que a definição da chapa majoritária para 2026 está próxima. Segundo ele, o anúncio será feito quando houver alinhamento completo entre os partidos que integram o grupo. “Essa definição da chapa deve sair logo. A gente vai fazer o anúncio em breve, assim que todos os parceiros estiverem alinhados”, afirmou.
Senado no radar e liderança preservada
Durante a entrevista, João Azevêdo também confirmou mais uma vez que pretende disputar uma vaga no Senado em 2026. Com a reeleição ao governo estadual vetada pela Constituição, o governador quer usar seu capital político para manter influência sobre o processo sucessório e a manutenção de seu legado administrativo.
A liderança de Azevêdo na construção da chapa é reconhecida por aliados, apesar da movimentação de nomes fortes dentro da base, como o vice-governador Lucas Ribeiro (PP), o prefeito Cícero Lucena, o presidente da Câmara dos Deputados, deputado federal Hugo Motta (Republicanos) e o presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), Adriano Galdino (Republicanos).
Fonte: Fonte83
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