O governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), determinou nesta sexta-feira (13) uma mobilização institucional junto ao governo federal para garantir o retorno seguro do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), que se encontra abrigado em um bunker nas proximidades de Tel Aviv, Israel, devido à escalada da tensão geopolítica na região.
Ciente da gravidade da situação, Azevêdo orientou o Escritório de Representação Política da Paraíba, sediado em Brasília, a manter acompanhamento direto com o Itamaraty e as representações diplomáticas envolvidas. A ordem é clara: monitoramento contínuo e pressão para garantir a repatriação imediata do gestor paraibano.
“Estamos acompanhando de perto. Pedi ao nosso Escritório em Brasília que acompanhe permanentemente o que está sendo tratado no Itamaraty. Sabemos que há outros prefeitos na mesma situação, e tudo está sendo conduzido pelo presidente Hugo Motta junto às embaixadas, mas reforçamos nossa atuação institucional para garantir apoio total”, afirmou o governador.
O prefeito Cícero Lucena viajou a Israel como parte de uma comitiva oficial composta por prefeitos, vice-prefeitos e secretários de diversas partes do Brasil, convidados pela Agência Israelense de Cooperação Internacional para um evento sobre inovação e gestão urbana. O grupo, no entanto, foi surpreendido pela escalada militar entre Israel e Irã, após ataques israelenses a alvos iranianos, o que gerou ameaças de retaliação e resultou na suspensão temporária dos voos comerciais na região.
Diante do cenário de instabilidade e insegurança, o retorno do grupo brasileiro ficou incerto. Segundo relatos, mais de 45 pessoas da comitiva aguardam a liberação do espaço aéreo ou uma decisão do governo brasileiro para o envio de uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB), medida que vem sendo solicitada por autoridades locais e familiares dos participantes.
Mais cedo, Cícero Lucena usou as redes sociais para tranquilizar a população de João Pessoa. Disse que o grupo permanece em local seguro, embora admita o aumento da tensão psicológica entre os brasileiros, já que a indefinição sobre a volta ao país persiste.
Fonte: Fonte83
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