O presidente do Treze, Artur Bolinha, resolveu adiar sua saída do comando do clube e, em entrevista coletiva nesta quarta-feira (4), expôs o cenário dramático enfrentado pela instituição: uma dívida que se aproxima dos R$ 40 milhões e um ambiente de ataques pessoais que pesou sobre sua decisão de deixar o cargo.
“Não saio por crítica à gestão, isso é natural. Saio por agressões pessoais, envolvendo até minha família. Isso ultrapassa qualquer limite do aceitável”, desabafou o dirigente.
A renúncia, anunciada na última segunda-feira (2), teve sua efetivação suspensa a pedido do Conselho Deliberativo do clube, que solicitou a permanência da atual diretoria até que sejam realizadas novas eleições. A previsão é que o pleito ocorra entre abril e maio de 2026.
Durante a coletiva, Bolinha foi direto ao falar sobre a situação financeira do Galo da Borborema. Segundo ele, o passivo acumulado gira em torno de R$ 36 milhões, o que compromete a viabilidade da agremiação. “É um clube inviável. Se não conseguirmos reduzir esse valor na assembleia de credores, o futuro do Treze fica seriamente comprometido”, alertou.
Ele também lamentou o comportamento de parte da torcida durante a temporada. “Ser criticado pela torcida rival é parte do jogo. Mas quando vem da sua própria torcida, machuca diferente. Isso deveria ser revisto por quem diz amar esse clube”, afirmou.
Apesar das dificuldades, Bolinha destacou avanços administrativos, como a criação de uma estrutura interna com pastas independentes e maior autonomia. “A profissionalização da gestão foi um passo importante. Infelizmente, o futebol nem sempre permite que o trabalho apareça no tempo certo.”
Com Fonte83
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