Durante entrevista ao programa Ô Paraíba Boa, da rádio 100.5 FM, o ex-ministro da Saúde, presidente estadual do PL e pré-candidato ao governo da Paraíba, Marcelo Queiroga, comentou sobre a possibilidade de o senador Efraim Filho (União Brasil) ingressar no Partido Liberal com vistas às eleições de 2026.
Efraim, que também é pré-candidato ao governo do Estado, enfrenta um cenário político conturbado. A federação entre o União Brasil e o PP — batizada de União Progressista — pode levá-lo a deixar a legenda caso o comando da federação na Paraíba fique com a Família Ribeiro, que hoje lidera o Progressistas no estado e mantém aliança com o governador João Azevêdo (PSB). O grupo dos Ribeiro conta ainda com dois nomes cotados para a sucessão estadual: o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), e o vice-governador Lucas Ribeiro (PP), que se tornaria governador em caso de desincompatibilização de João para disputar o Senado.
Na avaliação de Queiroga, Efraim é “um grande parlamentar” e “interessa a qualquer partido”, mas o ex-ministro lembrou que o senador contribuiu na articulação para que Fred Siqueira se tornasse ministro do alto escalão do governo Lula e que essa postura pode inviabilizar uma eventual filiação ao PL.
“O senador Efraim Filho é um grande parlamentar, é um grande paraibano. Naturalmente, me apoiou aqui no segundo turno das eleições municipais. Mas agora é necessário que haja algo concreto do senador Efraim Filho, né? Porque vimos inclusive um movimento em que uma das pessoas que foi do próprio senador ocupa hoje um cargo do primeiro escalão no governo Lula, não é? Então, essas questões, essas ambiguidades, elas não são aceitas pela população brasileira, né? E em especial a população da Paraíba, que é um eleitor muito politizado, mas é um grande quadro que interessa a qualquer partido, não resta dúvida.”
A fala de Queiroga, além do conteúdo político, também carrega uma leitura estratégica: ao apontar as ambiguidades de Efraim, o ex-ministro sinaliza que pode haver resistência à entrada de outro pré-candidato ao governo na legenda, o que reforçaria sua própria posição interna no PL.
Fonte: Fonte83
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