Durante a missa que marcou o início oficial do pontificado do Papa Leão 14, neste sábado (18), no Vaticano, o vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, entregou ao pontífice uma carta assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O documento é um convite formal para que o papa participe da Conferência do Clima das Nações Unidas (COP30), que será realizada em novembro de 2025, na cidade de Belém (PA).
Alckmin, que é católico praticante, protagonizou um gesto tradicional ao beijar a mão do papa durante a cerimônia de cumprimentos — diferente da maioria das autoridades, que apenas o saudaram. O vice-presidente participou do evento sozinho, apesar de estar em viagem oficial acompanhado de sua esposa, Lu Alckmin.
A cerimônia de apresentação das delegações seguiu o protocolo diplomático habitual do Vaticano. Inicialmente, foram recebidas as autoridades italianas e representantes dos países de origem do novo pontífice — Peru e Estados Unidos. Na sequência, foram apresentados monarcas, chefes de Estado, príncipes e primeiros-ministros. Alckmin, como vice-presidente, ocupou a 58ª posição na fila de cumprimentos, conforme a ordem alfabética em francês, idioma tradicional da diplomacia vaticana.
O evento também contou com momentos mais descontraídos e simbólicos. Em um deles, o Papa Leão 14 abraçou seu irmão mais velho, Louis Prevost. Já o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, contrariando a ordem oficial, teve acesso antecipado ao papa, provavelmente por motivos de segurança.
O convite de Lula à COP30 reforça a intenção do governo brasileiro de dar visibilidade internacional à conferência climática que ocorrerá na Amazônia. A expectativa do Planalto é que a presença do papa na cúpula ambiental reforce o papel do Brasil nas discussões sobre mudanças climáticas e proteção da floresta.