O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou que pretende realizar um evento simbólico em memória aos dois anos dos ataques de 8 de janeiro. A cerimônia visa relembrar a invasão e depredação das sedes dos três poderes em Brasília por apoiadores do então presidente Jair Bolsonaro, que contestavam o resultado das eleições de 2022. Durante a última reunião ministerial do ano, o petista pediu para que todos os ministros estivessem presentes no ato.
Em janeiro de 2024, quando os atos de invasão às sedes dos Três Poderes completaram um ano, Lula também fez um evento solene. Denominado “Democracia Inabalada”, a cerimônia contou com a presença dos chefes dos Três Poderes, ministros, governadores e convidados no Salão Negro do Congresso Nacional. Na época, diferentes governadores e congressistas da oposição optaram por não participar do evento.
A cerimônia ocorre em meio ao debate sobre o Projeto de Lei da Anistia do 8 de janeiro, atualmente em análise no Congresso Nacional. O projeto propõe o perdão para os investigados e condenados pelos ataques, mas ainda precisa ser discutido e aprovado por uma comissão especial na Câmara dos Deputados antes de seguir para votação no plenário. O clima político em torno do evento se intensifica, especialmente após a finalização do inquérito da Polícia Federal, que apontou o ex-presidente Jair Bolsonaro como um dos responsáveis pela incitação golpista.
A Polícia Federal (PF) também indiciou ex-ministros e outras figuras ligadas ao movimento que organizou as invasões. No Supremo Tribunal Federal, centenas de envolvidos já enfrentam processos por crimes como associação criminosa, dano ao patrimônio público e tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito, com mais de 200 condenações até o momento. O atentado de 13 de novembro de 2024, em que um homem atacou o STF com fogos de artifício e se explodiu, reacendeu o debate sobre a radicalização política. O evento de 2025 buscará reforçar a defesa da democracia, embora possa agravar divisões, especialmente com a oposição ainda crítica às ações do governo. Segundo o governo, a data é um marco simbólico na luta pela preservação das instituições democráticas.
Fonte: Fonte83
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