O presidente Volodymyr Zelensky disse que a Ucrânia está mais unida do que nunca ao enfrentar a invasão russa, mas que ela tem gerado efeitos como o desaparecimento de pequenas cidades.
“Esta guerra, uma guerra difícil, uniu verdadeiramente nossa nação. Você está me perguntando como está a situação na linha de frente… há uma linha de frente em todos os lugares”, afirmou Zelensky neste sábado (12).
“Algumas pequenas cidades simplesmente não existem mais. E isso é uma tragédia. Elas simplesmente se foram. E as pessoas também se foram. Elas se foram para sempre. Então estamos todos na linha de frente. As pessoas que morreram lá, morreram entre nós”, disse ele.
O político disse que a Ucrânia perdeu aproximadamente 1.300 soldados até o sábado. Ele acrescentou que as negociações para acabar com a invasão da Ucrânia pela Rússia “devem começar com um cessar-fogo”.
“Nossos diplomatas estão trabalhando nos detalhes da agenda da possível reunião das delegações ucraniana e russa”, disse ele.
“Eu gostaria que isso acontecesse. Para que possamos realmente, não apenas em palavras, iniciar o processo de acordo, paz e fim da guerra”. “É assim que começa o fim da guerra em um mundo civilizado”, afirmou.
Zelensky disse que os negociadores russos e ucranianos começaram a conversar em vez de “trocar ultimatos”, e que está “satisfeito” com os sinais da Rússia.
O presidente ucraniano disse que espera que a diplomacia traga a paz, afirmando que há “um sinal” vindo do lado russo de estar pronto para negociar, embora não tenha dado detalhes sobre o que era esse sinal.
Zelensky enfatizou que os parceiros ocidentais precisam se envolver mais nas discussões e até mesmo fornecer suas próprias garantias de segurança à Ucrânia, pois o país “nunca poderá confiar na Rússia após uma guerra tão sangrenta”.
Ele criticou as nações da Otan por sua relutância em impor uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia, dizendo que os membros “não têm coragem de se unir pela Ucrânia” e que não há “uma posição acordada” sobre se a Ucrânia pode ingressar na aliança.
O presidente disse que seu país está grato pelo apoio bilateral que a Ucrânia recebeu de alguns países da Otan, mas acrescentou que seu país está “sofrendo agora”.
FONTE: BLOG DO GB PB