A gestão municipal deve utilizar os recursos oriundos desse repasse na qualificação, reorganização e adequação dos serviços.
Para intensificar o combate contra a Covid-19 no Brasil, o Ministério da Saúde vai enviar R$ 160 milhões para apoiar ações voltadas ao atendimento de pessoas que sofrem com sintomas pós-Covid-19 na Atenção Primária (APS).
A gestão municipal deve utilizar os recursos oriundos desse repasse na qualificação, reorganização e adequação dos serviços. Vale destacar que é preciso observar as necessidades epidemiológicas de cada localidade.
A professora do curso de Saúde Coletiva, da Faculdade de Ceilândia da Universidade de Brasília (UnB), Carla Pintas Marques, considera que a medida é fundamental, tendo em vista que muitas pessoas já sofrem com essas sequelas e precisam de auxílio para reverter esse quadro.
“Esse repasse de recurso é importante porque faz com que os municípios se organizem para isso. Essas ações que serão realizadas na Atenção Primária podem contar com diversos profissionais, entre eles, médico, enfermeiro, a equipe do Núcleo de Apoio à Saúde da Família, composto por profissionais como, fisioterapeuta, psicólogo, nutricionista, assistente social, educador físico, entre outros”, destaca.
Os municípios podem aplicar o dinheiro, por exemplo, na contratação de profissionais qualificados, reforma de ambientes, aquisição de materiais de consumo necessários, como colchonete e bola suíça; e implementação de ações de educação em saúde para orientar a população.
Carla Pintas lembra, ainda, que os municípios têm autonomia para utilizar esses recursos da forma que considerarem mais adequada. “Cabe a cada um desses municípios se organizar e ver de que forma farão o levantamento desses usuários, que atividades serão disponibilizadas, que ações serão desenvolvidas. Ou seja, toda essa variedade de atendimento é uma programação que os municípios devem realizar”, pontua.
Ao todo, foram identificados, por prioridade, 1.373 municípios com perfil alto. Essas cidades devem receber R$ 43.632 cada. Outros 2.679 municípios foram considerados com perfil médio e vão receber R$ 29.088. Já 1.518 foram taxados com perfil baixo e vão contar com R$ 14.544.
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A transferência será feita em parcela única. O monitoramento será realizado pelo Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (Sisab). Mais detalhes sobre os cálculos estão disponíveis aqui.
O índice criado para estabelecer os perfis municipais levou em conta as seguintes variáveis: quantitativo de equipes custeadas pelo Ministério da Saúde, Índice de Vulnerabilidade Social porte populacional e coeficiente de mortalidade por Covid-19 por cem mil habitantes.
FONTE: CLICK PICUI