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Entenda o debate sobre aplicação da 4ª dose da vacina da Covid-19 no Brasil

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O estado do Mato Grosso do Sul, o município de Botucatu (SP) e o de Volta Redonda (RJ) começaram a aplicar a quarta dose da vacina contra a Covid-19 em idosos com 60 anos ou mais nesta semana. Já o estado de São Paulo anunciou que irá aplicar em pessoas acima de 60 anos a partir de abril.

Paralelo a isso, os estados de Espírito Santo, Rio Grande do Norte e Acre avaliam também iniciar a aplicação de quarta dose. Israel também mantém calendário vacinal da quarta dose para imunossuprimidos, profissionais da saúde e pessoas idosas.

Nos Estados Unidos, pessoas imunocomprometidas já estão aptas para receber a dose sob as recomendações dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia e professor da Unesp, Alexandre Naime, disse à CNN que o estudo em Botucatu começou quando houve mudança de comportamento a partir da chegada da Ômicron.

“Em meados de dezembro, quando alguns idosos, completamente vacinados, acima de 70 anos começaram a apresentar quadros moderados ou graves e passaram a necessitar de internação”, explicou.

A dose adicional do imunizante foi divulgada como medida de enfrentamento à pandemia pelo Ministério da Saúde (MS) em 20 de dezembro de 2021, que recomendou a dose extra apenas para pessoas imunossuprimidas acima dos 18 anos e à população idosa.

Segundo nota técnica da pasta, deverá ser utilizada preferencialmente a vacina da Pfizer, de plataforma de RNA mensageiro, e de maneira alternativa, poderá ser aplicado o imunizante de vetor viral, da Janssen ou AstraZeneca.

Já a Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI) diz que “A prioridade em termos de cobertura vacinal contra a Covid-19 é a realização do esquema básico (2 doses iniciais ou dose única), com atenção especial para dose de reforço”. De acordo com a SBI, a quarta fose vale apenas em em situações de excepcionalidade, em locais onde há alta cobertura da população adulta com três doses.

O que se sabe sobre a 4ª dose da vacina

A duração da imunidade é menor em pessoas com debilidade imunológica e, portanto, os reforços podem alongar mais a imunidade e manter um alto nível de cobertura a longo prazo nos pacientes que fazem a aplicação da vacina adicional, como explica o presidente da Sociedade Mineira de Infectologia (SMI), Estevão Urbano, à CNN

Uma pesquisa envolvendo cientistas do Reino Unido, EUA e França indicou 40% das pessoas imunocomprometidas conseguiram gerar menos anticorpos do que pessoas saudáveis após duas doses de vacina, justificando a necessidade de reforços. Pesquisas mais robustas estão em andamento para avaliar a eficácia do reforço extra, principalmente para pessoas imunocomprometidas.

Quarta dose para a população geral

Pesquisadores avaliam a possibilidade de aplicação da quarta dose para todas as pessoas.

Contudo, em nota informativa, o Ministério da Saúde afirma “que até o momento não existem dados suficientes no Brasil para a recomendação de uma quarta dose para a população geral, exceto imunocomprometidos.”

FONTE; BLOG DO GB PB

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