Os índices de voto espontâneo – quando não são mostrados ao entrevistado os nomes dos pré-candidatos – dados ao ex-presidente Lula e ao presidente Jair Bolsonaro constituem um forte indicativo de que a polarização é praticamente inevitável, salvo um ruidoso fato novo até o comparecimento às urnas, em outubro.
Na média, os dois têm metade da intenção de votos no item espontâneo.
“É um sinal de voto cristalizado de ambos. Tem que acontecer algo muito forte na opinião pública para o cenário se alterar”, avaliou o diretor do Instituto Datafolha, Mauro Paulino.
“A consolidação da intenção de voto este ano está maior, seja por conta da taxa de conhecimento dos candidatos, seja pela própria polarização”, reforçou Márcio Cavalari, diretora do Ipec (sucessor do Ibope).
O cientista político pernambucano Antonio Lavareda, do Ipespe, chamou a atenção em recente pesquisa para outra particularidade do pleito presidencial: a proximidade dos índices de voto espontâneo e voto estimulado (quando são mostrados os nomes dos presidenciáveis) para Bolsonaro: variação entre 18% e 22%, respectivamente.
“O voto espontâneo do presidente é muito próximo do estimulado. Isso torna o quadro ainda menos aberto” para a chance da chamada terceira via, atestou Lavareda.
*com informações da coluna Aparte, assinada pelo jornalista Arimatpea Souza
FONTE; PARAIBA ONLINE