O pré-candidato a presidente da República, Sérgio Moro (Podemos), concedeu entrevista a uma emissora de Rádio de João Pessoa nesta quinta-feira (6) e disse que as pessoas querem ver o país progredir e ter uma vida melhor.
Ele afirmou que é preciso retomar o desenvolvimento econômico, gerar mais empregos, melhorar a qualidade da educação e do serviço público como um todo.
De acordo com Moro, sua candidatura visa romper com a polarização entre Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL), pois as brigas se tornaram infantis e pequenas.
Também frisou que o seu projeto não será agressivo e está sendo discutido por especialistas, como o economista Affonso Celso Pastore.
“É fácil romper essa polarização. A gente tem que ser firme, a gente tem que falar com base em princípios e valores e ter os nossos projetos. O país não pode se resumir nessa briga entre Bolsonaro e petista”, colocou.
Lava Jato
O ex-juiz afirmou que a Operação Lava Jato mostrou que as pessoas não estão fadadas a viver em um país corrupto, pois diversos políticos foram julgados, condenados e levados à prisão.
Ele declarou que é fundamental combater a corrupção e lembrou que essa bandeira faz parte de sua campanha. Também disse que os revezes são lamentáveis, devem ser criticados e é preciso “dar a volta por cima”.
“A lei tem que se aplicar a todos, mesmo para quem é rico e poderoso, e isso aconteceu na Lava Jato. A Lava Jato agora vem sofrendo alguns revezes e pessoas poderosas foram beneficiadas, a meu ver, indevidamente pelos tribunais”, pontuou.
Governo Bolsonaro
Sérgio avaliou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) “ressuscitou” o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e isso é um sinal de que “o governo é muito ruim”. A respeito de ter ido ao Ministério da Justiça, o ex-juiz disse que foi convidado com uma perspectiva de mudança e aceitou de boa fé.
Ele comentou que combateu o crime organizado, proporcionou queda dos principais indicadores criminais, mas não teve apoio no combate à corrupção.
O ex-ministro destacou que o presidente Bolsonaro tinha os próprios interesses no não combate à corrupção.
“Tenho muito apreço pela Polícia Federal, mas a Polícia Federal de hoje não é a mesma da Lava Jato. O combate à corrupção no país arrefeceu, e de quem é culpa? De muita gente, mas também da liderança do país. Não existe isso de o país vai mal e o presidente é bom”, disse.
FONTE: PARAIBA ONLINE