Adolescentes de 12 a 17 anos começarão a ser vacinados contra a Covid-19 no Brasil após toda a população de 18 anos ou mais ser imunizada com pelo menos uma dose (D1). Os menores de idade com comorbidades terão prioridade no esquema nacional.
A informação consta em um documento assinado nessa terça-feira (27) pelo Ministério da Saúde, pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e pelo Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).
Segundo previsão do presidente do Conass, Carlos Lula, a D1 deve ser aplicada em todos os brasileiros adultos entre o final do mês de agosto e o início de setembro.
Até que essa etapa da vacinação seja concluída, o comunicado alerta que estados e municípios devem seguir com rigor as atuais definições técnicas do Programa Nacional de Imunizações (PNI), “sob pena de responsabilidade futura”.
PÚBLICO ANTECIPADO
Contudo, no Eusébio, Região Metropolitana de Fortaleza, pelo menos 200 adolescentes institucionalizados foram vacinados com o imunizante da Pfizer até a última sexta-feira (23), como mostrado pelo Diário do Nordeste. O Ministério Público do Ceará (MPCE) investiga o caso.
A gestão municipal justificou que a estratégia atendeu um apelo de entidades e movimentos sociais. A Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), no entanto, negou que a ação tenha sido pactuada com a Comissão Intergestores Bipartite do Ceará (CIB).
No último mês de julho, a Sesa chegou a pedir ao governo federal a inclusão imediata de adolescentes entre 12 e 17 anos de idade, com comorbidades ou deficiências físicas, no grupo de pessoas com prioridade. A Pasta não divulgou o resultado da solicitação.
INTERVALO
O documento dessa terça-feira determina ainda que seja analisada “a redução do intervalo entre a primeira e a segunda dose” depois que a população adulta receber a D1.
Conforme o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a antecipação da D2 irá ocorrer com a vacina da Pfizer, cujo intervalo pode ser de 21 dias.
“O grupo técnico do PNI opinou por fazer um espaço mais alargado naquele primeiro momento porque queríamos avançar na primeira dose, mas como as vacinas da Pfizer estão chegando agora em um volume maior, é possível mudar essa estratégia”, disse em entrevista à Globo News.
FONTE: DIARIO DO NORDESTE