A vacina da Janssen contra a covid-19 apresenta resultado “forte e persistente contra a variante Delta”, anunciou na 5ª feira (1º.jul.2021) a Johnson & Johnson, empresa responsável pela farmacêutica.
A variante, detectada pela 1ª vez na Índia, é considerada de rápida disseminação e está se tornando dominante em diversas regiões, como a Europa.
“Os dados mostraram que a durabilidade da resposta imune é de pelo menos 8 meses, período de tempo avaliado até o momento”, lê-se em comunicado emitido pela empresa. Eis a íntegra, em inglês (183 KB).
A Johnson & Johnson afirmou ainda que o imunizante, aplicado em regime de dose única, apresentou resposta positiva no combate a outras cepas do Sars-CoV-2, coronavírus responsável pela covid-19.
“Acreditamos que nossa vacina oferece proteção durável contra a covid-19 e induz atividade neutralizante contra a variante Delta. Isso se soma ao robusto corpo de dados clínicos que suportam a capacidade de nossa vacina de dose única de proteger contra múltiplas variantes preocupantes”, declarou Paul Stoffels, vice-presidente do Comitê Executivo e Diretor Científico da Johnson & Johnson.
Os dados completos foram submetidos para publicação no bioRxiv, repositório de pré-publicação direcionado as ciências biológicas, para avaliação da comunidade científica.
A Johnson & Johnson analisou amostras de sangue de 8 participantes do ensaio clínico de estágio final para verificar a eficácia contra a variante Delta. Ainda avaliou a resposta imune de 20 pessoas ao longo dos 8 meses desde que receberam o imunizante.
Especialistas defendem a aplicação de uma dose de reforço do imunizante da Janssen para aumentar a proteção contra variantes do coronavírus. A empresa, no entanto, disse que a aplicação de apenas uma dose já é eficaz contra o vírus.
“Uma única dose da vacina anticovid da Johnson & Johnson criou anticorpos neutralizantes contra uma série de variantes preocupantes do Sars-CoV-2, que aumentaram ao longo do tempo (a capacidade neutralizante média em 8 meses excedeu a média em 29 dias)”, declarou a empresa.
A vacina teve seu uso emergencial aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em 31 de março. Começou a ser aplicada no Brasil em junho. Além das 3 milhões de doses doadas pelos Estados Unidos, o governo federal tem um contrato para receber 38 milhões de doses do imunizante.
FONTE: PODER 360